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OBESIDADE

Em meados da década de 1960, cientistas projetaram dois momentos da humanidade, tendo em vista a chamada “evolução” do planeta Terra, que mudariam o rumo da prosa. Primeiro, as viagens interplanetárias rotineiras. Segundo, a produção de alimentos mundial não supriria as necessidades da humanidade. Erraram nas duas proposições. É bem verdade que chegamos à Lua e enviamos naves não-tripuladas à Marte. Mas a pressuposta rotina turística não aconteceu. Por outro lado, ainda que por burrice ou insensatez a fome habite vários quinhões desse planeta, hoje, a produção de alimentos supriria, sim, as necessidades de toda a humanidade.
Digamos, então, para não sermos rigorosos, que os cientistas erraram em parte.

A verdade é que, em boa parte do mundo, a obesidade é um grave problema de saúde pública, problema este resultante do excesso de ingestão alimentar, ou, mais exatamente, uma ingestão maior de caloria do que seu gasto em um determinado organismo.

A obesidade, de fato, é um estado patológico no qual há excesso de gordura depositado no organismo. Tal excesso gorduroso pode ser de simples entendimento no indivíduo com 1,70m de altura e 160Kg de peso, no qual o comprometimento estético e de saúde é evidente.

Estes extremos não são a regra. Por isso, para definir padrões de normalidade, foram criados vários parâmetros, todos respaldados em estudos estatísticos. A meu ver o índice de massa corpórea é um parâmetro que da um bom entendimento na situação que se encontra o indivíduo quanto ao peso, sem sensacionalismo quanto aos riscos que o peso esteja nos proporcionando. O índice de massa corpórea é obtido pela divisão do peso, em quilogramas, pelo quadrado da altura em metros.

Um índice menor que 25 é considerado normal, entre 25 e 30 sobrepeso, de 30 a 35, obeso, de 35 a 40, obesidade severa, e acima de 40, obesidade mórbida.

Quanto maior este índice, maior a probabilidade de ocorrência de diabetes, hipertensão arterial sistêmica e doenças cardiovasculares. A renomada Clínica Mayo, EUA, em estudo de dez anos, demonstrou que indivíduos obesos padeciam de doenças coronarianas bem mais precocemente do que indivíduos com peso normal. Os acidentes vasculares cerebrais também são mais freqüentes nos obesos.
O encontro de maior nível de gorduras sanguíneas com a hipertensão arterial sistêmica é uma combinação que, na maioria das vezes está associada à obesidade e às doenças cardiovasculares.

A Organização Mundial de Saúde (O.M.S) estima que um em cada quatro casos de cânceres de rins e bexiga, um em cada dez cânceres de cólon e um em cada doze cânceres de mama no período pós – menopausa sejam imputados à obesidade sob algum aspecto.

O aumento do conteúdo de gordura presente no obeso diminui a sensibilidade à insulina, levando a uma maior possibilidade de diabetes nos pacientes obesos. De fato, 80% dos pacientes diabéticos tipo 2 são obesos, e, às vezes, o simples emagrecimento com dieta mais regrada e condicionamento físico básico corrigem os níveis de açúcar no sangue, sem a necessidade aguda do uso de medicações.

Também não se pode deixar de salientar que a obesidade é uma doença multifatorial, e provavelmente a carga genética transite em um maior ou menor percentual em todos os obesos. É mais ou menos como dizer que não adianta querer ser gordo, é preciso poder ser gordo. A influência genética parece – ou pelo menos pode ser - o resultado da seleção natural através dos milênios. É fato que um indivíduo obeso conseguiria guardar mais energia do que indivíduos magros para períodos de falta de alimentos. Essa sazonalidade quanto à presença de alimentos, porém, não existe na maior parte da sociedade moderna. Daí, o que era vantagem tornou-se no contrário, um problema difícil de solucionar.

É claro que não houve seleção natural dos anos de 1960 até os dias de hoje. Mas foram nesses anos que o fator ambiental influenciou decisivamente a vida desse oceano de obesos, principalmente nos países desenvolvidos, com grãos refinados, farináceos refinados, e os famosos e institucionalizados fast-foods. Não esqueçamos ainda que o automóvel, a refrigeração, a televisão, o controle remoto, entre outros, militam em favor da obesidade.

Algumas doenças endócrinas podem causar ou favorecer a obesidade, entre elas o mau funcionamento da tireóide.

Seja qual for o patrocínio da obesidade em determinando indivíduo, é o balanço calórico positivo, que leva a este ganho de peso.

 
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