Se você não vive sem refrigerantes e alimentos processados, uma pesquisa da Universidade de Harvard, dos Estados Unidos, pode fazer com que mude de ideia. É que os elevados níveis de fosfato encontrados nesses produtos podem acelerar os sinais de envelhecimento: aumentar a prevalência e a severidade das complicações relacionadas com a idade, como doença renal crônica e calcificação cardiovascular, e induzir à atrofia muscular e da pele.
Para chegar a tal conclusão, os cientistas analisaram os efeitos do nutriente em ratos. Os resultados podem ser similares em outros mamíferos, incluindo os humanos. Os que receberam altas quantidades do elemento viveram 25% menos do que os demais.
A equipe dividiu os animais em três grupos. Segundo o site Science Daily, os do primeiro não contavam com um gene chamado klotho, cuja ausência leva a níveis altos de fosfato no corpo, e viveram de oito a 15 semanas. Os do segundo estavam sem o gene klotho e o co-transportador de sódio-fosfato NaPi2a, o que reduziu substancialmente a quantidade da substância, e morreram em 20 semanas. Os do terceiro tinham as mesmas características do grupo anterior, mas receberam uma dieta rica em fosfato e morreram em 15 semanas, como os do primeiro. Isso sugere que taxas altas do nutriente tenham efeito tóxico.
O fosfato é encontrado naturalmente em alguns grãos, leite, gema do ovo, mas é adicionado em quantidades maiores em refrigerantes, chocolates, pirulitos, balas, doces industrializados, sorvetes, ketchup, maionese e pratos prontos, incluindo os congelados.