A alimentação exclusiva com leite materno durante os seis primeiros meses de vida da criança é recomendada por pediatras e pela Organização Mundial de Saúde como forma de garantir a proteção do bebê contra doenças. Mas há outro fator importante ligado a essa prática. Filhos amamentados por esse tempo têm menor risco de virarem crianças, e depois adultos, obesos.
“O aleitamento materno é uma maneira importante de evitar a obesidade em crianças”, lembra o pediatra Fábio Ancona, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), por ocasião do Dia Mundial de Combate à Obesidade, celebrado neste sábado (11).
“Quando a criança é amamentada, ela recebe a quantidade de calorias que o organismo dela precisa – não a que a mãe ‘acha’ que ela precisa”, explicou Ancona ao G1. “Isso é essencial para a regulação do metabolismo do bebê. O corpo aprende o quanto de energia ele precisa absorver para dar conta dos seus gastos de energia”, diz o médico.
Quando qualquer pessoa consome mais calorias do que o seu corpo gasta de energia, elas são armazenadas em forma de gordura. “É uma equação simples”, afirma Ancona. “E na primeira vez que o corpo começa a armazenar gordura, sempre que ela se perder, as células vão mandar um aviso para o cérebro que diz: você precisa comer mais”, explica. É por isso que o combate à obesidade é algo que dura uma vida inteira.